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Eritreia (em tigrínia: ኤርትራ Ertrā; em árabe: إرتريا Iritriyā; em inglês: Eritrea), oficialmente Estado da Eritreia, é um país localizado no Chifre da África. Sua capital é Asmara. Faz fronteira com o Sudão a oeste, a Etiópia a sul, e Djibuti a sudeste. As partes nordeste e leste da Eritreia têm um extenso litoral ao longo do Mar Vermelho, tendo na outra margem a Arábia Saudita e o Iémen. O arquipélago de Dalaque e várias das ilhas Hanish também fazem parte da Eritreia. O país tem uma área total de 117 600 km². com uma população estimada em cerca de 5 milhões de habitantes. O nome do país é baseado no nome grego para o Mar Vermelho (Eρυθρὰ Θάλασσα Erythra Thalassa), que foi adotado pela primeira vez para a Eritreia italiana em 1890.
Eritreia é um país multi-étnico, com nove grupos étnicos reconhecidos em sua população. A maioria dos residentes falam línguas da família afro-asiática, seja das línguas semíticas etíopes ou dos ramos cuchíticos. Entre essas comunidades, os tigrínios constituem cerca de 55% da população, com o povo tigré constituindo cerca de 30% dos habitantes. Além disso, há várias minorias étnicas nilóticas de fala nilo-saariana. A maioria das pessoas no território adere ao cristianismo ou islamismo.
O Reino de Axum, cobrindo grande parte da Eritreia atual e do norte da Etiópia, foi estabelecido durante o primeiro ou o século II Adotou o cristianismo em meados do século IV. Nos tempos medievais, grande parte da Eritreia caiu sob o reino de Medri Bahri.
A criação da Eritreia moderna é um resultado da incorporação de reinos e sultanatos independentes e distintos (por exemplo, Medri Bahri e o Sultanato de Aussa) resultando na formação da Eritreia italiana. Após a derrota do exército colonial italiano, em 1942, a Eritreia foi administrada pela administração militar britânica até 1952. Após a decisão da Assembleia Geral da ONU, em 1952, a Eritreia teve um governo com um parlamento local em uma federação com a Etiópia por um período de 10 anos. Contudo, em 1962, o governo da Etiópia anulou o parlamento da Eritreia e formalmente anexou a Eritreia. Mas os eritreus que defendiam a completa independência da Eritreia desde a expulsão dos italianos em 1942, anteciparam o que estava por vir e em 1960 organizaram a Frente de Libertação da Eritreia, resultando em uma guerra de independência contra a Etiópia. Em 1991, após 30 anos de luta armada, a população do país votou pela independência da Etiópia em um referendo supervisionado pela ONU, vencendo por uma grande maioria, fazendo com que a Eritreia declarasse oficialmente sua independência e ganhasse reconhecimento absoluto internacional em 24 de maio de 1993.
A Eritreia é um Estado de partido único no qual eleições legislativas nacionais nunca foram realizadas desde a independência — embora sua Constituição, adotada em 1997, estabeleça que o Estado é uma república presidencialista com uma democracia parlamentar, isto ainda está para ser implementado. De acordo com o governo, isto ocorre devido ao conflito fronteiriço com a Etiópia, que teve início em maio de 1998 e permanece até os dias de hoje. Desde sua independência, em 1993, o país nunca teve eleições. De acordo com a Human Rights Watch, o registro de direitos humanos do governo da Eritreia é considerado um dos piores do mundo. O governo da Eritreia rejeitou essas alegações como motivadas politicamente. Junto com os Estados Unidos, a Eritreia é um dos dois únicos países do mundo que cobra impostos de seus cidadãos independentemente de onde residam no mundo. O serviço militar obrigatório requer longos e indefinidos períodos de conscrição, que alguns eritreus deixam o país para evitar. Uma vez que todas as mídias locais são de propriedade estatal, a Eritreia também foi classificada como tendo a segunda menor liberdade de imprensa no Índice de Liberdade de Imprensa, atrás da Coreia do Norte.
A Eritreia é membro da União Africana, das Nações Unidas e da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, e é observadora na Liga Árabe ao lado do Brasil, Venezuela, Índia e Turquia.